Manifesto desenvolve-se sobre um campo coberto de despojos abandonados pelos nossos antepassados e que agora recebemos como herança.

 

O conceito de desperdício é inerente a todos os sistemas naturais sendo potenciado pela atividade humana. Desperdiçar diz respeito a não utilizar ou subaproveitar, parte dos recursos disponíveis para uma determinada atividade.

 

As transformações operadas a partir da revolução industrial abalaram o equilíbrio natural dos ecossistemas. Tamanho crescimento urbano, fazem das megacidades incubadoras de crescimento e inovação, mas por outro lado assistimos a um crescimento muito superior ao que o seu dimensionamento o permite. A densidade populacional aumenta a vulnerabilidade relativa a fenómenos físicos. Assim, as megacidades, expostas ás mudanças globais e às fazem agravar o risco que sobre elas recai.

 

A quantidade de desperdícios produzidos pelo homem apenas pode ser reduzida através da promoção de políticas de reeducação social que possam por termo a hábitos de vida que estimulam o consumo. Tal como deverá acontecer com o património material, também o património imaterial deverá ser recuperado.

 

Recusando a produção de novos conteúdos artísticos, este projeto performativo, propõe-se a reduzir o desperdício, focando-se no essencial, reciclando momentos essenciais da história da arte.